Vendedores retraídos e demanda aquecida impulsionam as cotações do milho
O mercado do milho mantém sua trajetória de alta, sustentado principalmente pela postura cautelosa dos vendedores e pelo forte apetite da demanda. Segundo especialistas do setor, produtores estão focados nas atividades de campo, seja na colheita da safra de verão, seja na semeadura da 2ª safra, reduzindo assim a oferta disponível no mercado. Esse cenário tem gerado um movimento de valorização nas cotações, refletindo diretamente nos preços negociados.
Demanda supera oferta e impulsiona valorizações
Com estoques reduzidos, compradores buscam reforçar suas reservas em um contexto de menor disponibilidade do milho no mercado interno. Esse comportamento tem pressionado ainda mais os preços, que seguem em uma curva ascendente. Na última semana, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) registrou uma nova alta, aproximando-se novamente da marca de R$ 75 por saca de 60 kg.
Esse movimento reflete não apenas a menor oferta momentânea, mas também a percepção de que a demanda seguirá firme nos próximos meses. O setor de nutrição animal, indústrias de etanol e exportadores seguem ativos na busca pelo milho, aquecendo ainda mais as negociações e sustentando os valores em patamares elevados.
Os agentes do mercado agora monitoram atentamente os próximos passos da colheita e os impactos climáticos sobre a segunda safra. Qualquer atraso no avanço das lavouras ou problemas climáticos pode intensificar a retração vendedora e ampliar ainda mais a valorização do milho.
Além disso, fatores como o comportamento do dólar e a competitividade do milho no mercado externo também entram na equação e podem influenciar as cotações. Com esse cenário dinâmico, o mercado segue atento às oportunidades e desafios que o setor enfrentará nos próximos meses.
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