A Portuguesa definha em praça pública. Rebaixamento foi mortal

São Paulo, Brasil

3.477 sócios torcedores.

Muitos deles inadimplentes.

Não pagam mensalidades.

Esse ano não vai mais precisar.

A Portuguesa não jogará mais em 2019.

O clube foi eliminado da Copa Paulista, torneio fantasma, sem divulgação alguma, para times pequenos, que tem como grande prêmio uma vaga na Série D, a Quarta Divisão do futebol deste país.

Ou se o clube não tiver condições financeiras, uma vaga na Copa do Brasil.

O quarto leilão do Canindé está marcado pela Sublime Leilões. 

Será no dia 16 de setembro.

O lance inicial para quem quiser os direitos do estádio na Marginal Tietê, em São Paulo, com capacidade para 21 mil pessoas, é de R$ 168 milhões.

Nos três anteriores, ninguém se interessou.

Desde 2013, quando o clube foi rebaixado da Série A, por conta da escalação irregular do jogador Heverton, parece amaldiçoado.

Da Série B, caiu para a C e de lá para a D.

Agora, nem na Quarta Divisão está.

No cenário paulista também foi rebaixado.

Está na A-2.

Na Segunda Divisão.

As dívidas se aproximam dos R$ 400 milhões.

E não param de crescer, por conta dos juros.

Ao contrário do Vasco, a colônia portuguesa não se anima em ajudar o clube do Canindé.

Não há dúvida que o rebaixamento do time em 2013 é o causador de todas as desgraças que vieram a seguir.

O então presidente do clube, Manuel da Lupa, terminou seu mandato. Mas foi expulso do Conselho Deliberativo do clube.

Ilídio Lico, que respondia pelo futebol, assumiu a presidência do clube, mas renunciou em 2016. E se mantém afastado da Portuguesa.

Héverton, que entrou 13 minutos contra o Grêmio, mesmo suspenso, e causou o rebaixamento do clube, também entrou em decadência como jogador.

Seu último clube foi o Luzitânia de Goiás.

Acabou acusado de estelionato.

Por comprar e não pagar uma padaria.

A Portuguesa destruiu o seu Parque Aquático para construir um camelódromo, para concorrer com as feiras populares de roupas, tradicionais no Brás.

Não há mais piscinas.

O que praticamente acabou com a chance de o clube ser tombado.

O espaço de 100 mil metros quadrados em plena Marginal Tietê é ocupado por dois ginásios, seis quadras de tênis, restaurantes e um campo de futebol. 

Mais o estádio.

A Portuguesa acumula centenas de processos trabalhistas.

Advogados já entraram na justiça para penhorar troféus, tudo de valor ligado à equipe.

A situação é caótica.

O rebaixamento de 2013 está acabando literalmente com o clube.

A Portuguesa definha em praça pública…

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