Café: Bolsa de Nova York opera com leve alta nesta 3ª feira

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) seguem em leve alta nesta tarde de terça-feira (23) em ajustes técnicos depois da queda de 150 pontos registrada na sessão anterior e acompanhando o câmbio

Os operadores no terminal externo também seguem atentos às informações sobre a produção em importantes origens produtoras, como o Brasil, que enfrenta problemas com as chuvas em plena colheita. Com essa alta, as cotações da variedade ficam mais próximas do patamar de US$ 1,30 por libra-peso.

Por volta das 12h20 (horário de Brasília), o contrato julho/17, referência de mercado, registrava 131,20 cents/lb com 60 pontos de alta, o setembro/17 estava cotado a 133,55 cents/lb com alta de 60 pontos. Já o vencimento dezembro/17 avançava 55 pontos, a 137,00 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha valorização de 60 pontos e estava sendo negociado a 140,45 cents/lb.

Após altas expressivas nos últimos dias, o dólar comercial recua cerca de 0,50% nesta terça-feira e dá suporte às cotações do arábica além dos ajustes técnicos ante as baixas recentes por conta da crise política, que impactou o câmbio no Brasil. Às 11h39, a moeda norte-americana caía 0,27%, vendida a R$ 3,2674. A divisa mais baixa em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity. Movimento contrário ao que vinha sendo visto nos últimos dias.

Na véspera, as cotações na ICE tiveram mais uma vez pressão do câmbio e das informações sobre a oferta do grão na safra 2017/18. “A fraqueza da moeda estimula os produtores a vender mais em termos de moeda local, mesmo com os preços futuros mais baixos em Nova York. Ideias de melhor produção mundial foram vistas por muitos, mais uma vez, com a colheita próxima. As ideias da demanda permanecem muito tranquilas já que a maioria dos torrefadores ainda não está comprando muito em mercados no mundo”, afirmou o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

O clima nos últimos dias prejudicou a colheita da safra 2017/18 em áreas produtoras de café de Minas Gerais e São Paulo nos últimos dias e também a secagem dos grãos que estavam no terreiro de alguns produtores, o que coloca em xeque a qualidade da produção. As precipitações chegaram a registrar acumulados de quase 100 milímetros no fim de semana em algumas áreas.

A Safras & Mercado aponta que a colheita de café da safra 2017/18 do Brasil estava em 11% até dia 16 de maio. Levando em conta a estimativa de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg da consultoria, é apontado que já foram colhidas 5,47 milhões de sacas. Segundo Barabach, as chuvas atrapalharam um pouco a colheita na semana.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou nesta sexta em relatório uma estimativa de produção de 52,1 milhões de sacas neste ano no Brasil. O número representa uma queda de 4 milhões de sacas ante a safra anterior. O adido traz que as “floradas adequadas e condições climáticas favoráveis na maior parte das regiões produtoras provavelmente vão contribuir para boas produtividades”, mesmo em ciclo de bienalidade negativa.

No Brasil, também por volta das 09h16, o tipo 6 duro era negociado a R$ 455,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 465,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 448,00 a saca. Os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do país, apesar de algumas transações serem vistas na semana passada.

Fonte: Notícias Agrícolas

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