Mato Grosso vem registrando tendência de alta na contratação do Seguro Rural.
Os produtores de soja e milho em Mato Grosso enfrentam um cenário de dificuldades devido às chuvas intensas que atingem o estado, atrasando a colheita e expondo fragilidades logísticas e de armazenamento. A instabilidade do clima reforça a importância do Seguro Rural como ferramenta estratégica para mitigar perdas e garantir a continuidade da atividade agrícola.
Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) indicam que, entre janeiro e outubro, foram pagos mais de R$ 193,7 milhões em indenizações no estado, um aumento de 29,8%. Especialistas preveem que essa tendência de alta se mantenha até 2025, especialmente devido às projeções de atrasos na colheita de soja, principal cultura da região. Conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), apenas 1,41% da área plantada foi colhida até o momento, o que representa uma queda de 11,41% em relação ao mesmo período da safra anterior. Esse atraso também afeta o calendário ideal para o plantio do milho, intensificando as preocupações no setor.
Marco Vita, representante do Sindicato das Seguradoras do Mato Grosso (Sindseg-MG/GO/MT/DF), ressalta a relevância do Seguro Rural para mitigar os impactos das adversidades climáticas.
“Essas condições podem gerar perdas significativas nas safras, comprometer a logística de transporte e afetar diretamente a renda dos agricultores. O produto oferece cobertura para esses riscos, garantindo maior estabilidade financeira e permitindo a continuidade das atividades mesmo em cenários adversos”.
Marco Vita – Representante do Sindicato das Seguradoras do Mato Grosso
Com a crescente imprevisibilidade climática, investir em seguros tornou-se uma estratégia indispensável para fortalecer a produção agrícola e proteger a economia regional. O Seguro Rural surge como um pilar essencial para enfrentar os desafios do setor, assegurando a sustentabilidade das atividades agrícolas e ampliando a resiliência dos produtores diante das mudanças climáticas que moldam o futuro da agricultura no Brasil.
De acordo com Glaucio Toyama, presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a crescente imprevisibilidade climática transformou a adesão ao Seguro Rural em uma estratégia essencial para garantir a continuidade e o fortalecimento da produção agrícola.
“O Seguro Rural é um dos pilares do setor. Sem ele, ficam comprometidas não só a sustentabilidade das atividades agrícolas como a resiliência dos produtores diante das mudanças climáticas, que vão redesenhar o futuro da agricultura no Brasil”.
Glaucio Toyama – Presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais
A propósito, pelos números mais recentes, Mato Grosso já vem contratando mais o Seguro Rural. Toyama observa que entre 2023 e 2024 o estado registrou aumento de 48% na área segurada de soja, com o auxílio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
“Esse aumento na contratação reflete a preocupação trazida pelas perdas da safra anterior. Além disso, as seguradoras vêm trabalhando para ajustar seus produtos e condições à realidade do estado”.
Glaucio Toyama – Presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais
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