Composição mineral de esterco e húmus originários de bubalinos e bovinos

Dr. Dorival Pereira Borges da Costa

Objetivou-se com esta pesquisa avaliar a composição mineral do esterco e do vermicomposto provenientes de bovinos e bubalinos. Cada tipo de esterco foi obtido de baias com lotes separados de oito bovinos e oito búfalos confinados, que receberam a mesma dieta.

Após a completa estabilização, oito montes de 24 kg, quatro com esterco de bovinos e quatro com esterco de bubalinos, foram colocados em galpão coberto com piso concretado e distanciados de 1,5 m.

Um lote de 100 minhocas, pesando em média 26 g, foi colocado em cada monte de esterco no mesmo dia e 40 dias depois uma amostra pesando 200 g de vermicomposto foi retirada de cada monte para análise química. O delineamento experimental usado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2, dois tipos de adubo (esterco e vermicomposto) e dois grupos genéticos (bovinos e bubalinos).

O esterco dos bovinos teve maior teor de nitrogênio (24,7 vs 23,6 g/kg), potássio (18,5 vs 11,0 g/kg) e cálcio (27,9 vs 25,1 g/kg) do que o dos bubalinos, mas foi semelhante para o fósforo e magnésio.

Os vermicompostos provenientes do estrume de bovinos e bubalinos resultaram em teores similares de nitrogênio, fósforo e magnésio, enquanto o vermicomposto procedente do estrume de bubalinos foi superior para potássio (19,0 vs 16,5 g/kg) e cálcio (33,4 vs 32,4 g/kg).

Os vermicompostos procedentes dos estrumes de bovinos e bubalinos continham concentrações maiores de fósforo (11,1 vs 8,6 g/kg) e magnésio (7,1 vs 5,9 g/kg) em relação ao esterco.

Concluiu-se que as minhocas acrescentam minerais de origem endógena ao vermicomposto e sua ação é mais eficaz quando criadas em esterco originário de bubalinos.

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Dr. Dorival Pereira Borges da Costa – Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2005), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009). Atualmente é professor Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Alimentação e Nutrição Animal. Atua também na área de Gestão e Liderança Universitária.

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