O ovo – considerados apenas os últimos 13 meses (gráfico abaixo) – obteve neste último abril seu segundo melhor resultado do período. Ou seja: o preço médio alcançado ficou aquém, apenas, do registrado em junho de 2018, recorde do ano que passou
Mas não só isso. Pois (fato que se tornou raro, mas que já havia sido registrado em fevereiro), seu preço apresentou incremento tanto em relação ao mesmo mês do ano passado como ao mês anterior, com valorização mensal de 7,43% e anual de 13,59%.
Teria sido ótimo se esse desempenho não tivesse ocorrido em plena Quaresma, evento do calendário religioso que, anualmente, transforma o mercado do ovo, tornando-o extremamente ativo. Aliás, época em que, salvo raríssimas exceções, são registrados os melhores preços de cada exercício.
Pois desta vez o ovo passou pela Quaresma sem o dinamismo de sempre. É verdade que, entre a quarta-feira de Cinzas (6 de março) e o pico de preços do período o produto experimento valorização superior a 18%. Mas isso levou mais de mês para ser alcançado e, mesmo assim, teve pouca duração (apenas 10 dias de negócios). E já no sábado de Aleluia (20) começou o retrocesso.
Até aí, nada de excepcional, pois é normal a queda de preços na segunda parte do mês. Em abril, porém, o recuo foi mais agudo. Porque, em primeiro lugar, ao contrário dos três meses anteriores, o período foi encerrado com valor inferior ao de abertura. Segundo, porque em pouco mais de uma semana os preços vigentes recuaram perto de 25%, retrocedendo aos mesmos baixos patamares registrados no final de janeiro passado.
A realidade é que, embora alcançando valor cerca de 5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, o ovo inicia maio de 2019 valendo 21% menos que em 2 de maio 2017 e registrando a mesma cotação de 2 de maio de 2016. Ou seja: se até recentemente os ganhos foram excepcionais, agora a defasagem é grande. E vai ser preciso muita ação para superá-la.
Fonte: Avisite