“É a chance de vendermos também para outros países”, diz Maggi

Durante solenidade no Palácio do Planalto para troca das Cartas de Reconhecimento de Equivalência entre Brasil e Estados Unidos, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que o reconhecimento americano representa um facilitador ao mercado brasileiro junto a outros países. “Muito mais do que a possibilidade de mandar milhares de toneladas para os Estados Unidos, é a chance de vendermos também para outros países”, afirmou.

Ao destacar a importância do evento, o presidente Michel Temer exaltou o trabalho que vem sendo desempenhado pelo seu ministro da Agricultura. “O ministro Blairo Maggi dá exemplo de um governo que não para”, afirmou.

Temer comemorou o fato de a abertura do mercado norte-americano elevar a produção na cadeia produtiva da carne bovina e, em consequência, contribuir para a geração de emprego no setor. “Um dos fundamentos da nossa Constituição é que o Estado tem que fazer o possível para manter a dignidade da pessoa humana e é disso que se fala quando o assunto é gerar empregos”.

O ministro Blairo Maggi reconheceu que as negociações com os Estados Unidos vinham sendo discutidas entre os dois países há mais de 17 anos.  “A nós coube esse privilégio de fazer esse evento final.” Maggi destacou o esforço de todos e repetiu ser privilegiado por estar presente no ato.

Na avaliação de Maggi a maior vitória nem é o acordo em si, mas sim a equivalência do status sanitário brasileiro ao americano. “Estamos recebendo muito mais do que a possibilidade de mandarmos toneladas de carne para EUA; estamos recebendo a possibilidade de exportar para os demais países”, afirmou.
Ele disse ainda que é preciso não descuidar da segurança sanitária do país para que o Brasil possa ampliar suas fronteiras comerciais. A expectativa é de que com a Carta de Equivalência mercados como o do México, Canadá, Japão e Coreia do Sul, além dos países caribenhos possam ser abertos ao Brasil.

Blairo Maggi voltou a anunciar que o seu principal desafio no governo será ampliar a participação do Brasil no mercado internacional de 7% para 10% em cinco anos. E revelou ainda que irá apresentar em breve mudanças nas normativas internas do Ministério da Agricultura com o objetivo de desburocratizar alguns procedimentos.

“Serão cerca de 300 normativos que devemos mudar ou anular para facilitar o processo burocrático sem perdermos a segurança da qualidade. Vamos tirar o dinheiro da ineficiência e colocarmos na eficiência”, comentou o ministro da Agricultura.

O acordo assinado na semana passada prevê que o Brasil poderá vender carne in natura (fresca e congelada) para os norte-americanos, e os EUA também terão direito de comercializar o produto para o mercado brasileiro. Isso porque os dois países seguiram os procedimentos de avaliação técnica independentes, concluídos no mesmo período.
O Brasil vai disputar com outros países uma cota de importação de 65 mil toneladas anuais de carne bovina dos Estados Unidos sem qualquer tarifa. Acima dessa cota será cobrada um imposto de 26%.
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