Economias globais em alerta contra (quase) apagão de energia

Veja também, nesta coluna, o efeito do petróleo na soja e a simplificação dos processos de defensivos

Por Giovanni Lorenzon – AGRONEWS®

O que o mundo vai começar a prestar a atenção daqui para frente é como a saída pós-pandemia pode ser impacta pela crise sem precedentes de energia nos países centrais.

O quase apagão de gás natural na Europa e de carvão na China já cobra um preço nas economias, segundo alertas, entre outros, do Financial Times. E os indicadores econômicos já mostram certa desaceleração.

Mas se a evolução desse processo chegar a níveis incendiários, os PIBs deverão sentir, e o efeito para as economias periféricas serão mais sentidos.

Mesmo nos Estados Unidos o alerta está dado.

Desaceleração econômica é sinônimo de fluxo menor de exportações, porque os grandes consumidores globais estarão produzindo menos e com mais inflação.

Mesmo para o Brasil, cujo destino principal de seus produtos seja a China – commodities agro e minérios -, o sinal é de alerta.

O lado minimamente positivo é que o petróleo, que agora surfa com a crise, poderá cair. Haverá, certamente, excedente, a menos que os países produtores resolvam cortar drasticamente a produção.

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Soja apela para o petróleo

Enquanto há força do óleo de soja sobre o grão, há a tendência de atenuar a pressão de baixa que vem com a colheita americana acelerando e o plantio no Brasil ganhando mais área. E com chuvas no front.

Mesmo que sejam ganhos limitados, como nesta segunda, o óleo de soja é puxado pela força do petróleo.

A soja dificilmente chegará próximo dos US$ 13 o bushel, mas também não descerá muito abaixo dos US$ 12,40, US$ 12,30.

E até que a China retome com força as compras, esse limite de piso é benéfico.

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Registro de defensivos sairá mais rápido

O Mapa simplificou os processos de registro de defensivos agrícolas. Está publicado pelo Diário Oficial da União.

Significa que as análises serão mais céleres, modernizando a legislação e permitindo que novas moléculas, que estão na fila à espera de autorização, sejam aprovadas.

É importante porque há problemas se avolumando com a oferta de agroquímicos, como de insumos para fertilizantes, na medida em que a China vive uma crise energética do carvão, cortando a produção.

E já há encarecimento dos custos para os agricultores brasileiros.

Mas o Mapa avisa que a medida não representará relaxamento das regras.

E haverá endurecimento da fiscalização contra o uso de agentes proibidos.

AGRONEWS® – Informação para quem produz

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