A utilização de aditivos na nutrição colabora para atender demandas de mercados em que o uso de antimicrobianos é proibido
Com mercado aquecido e projeções de crescimento para 2025, a produção de suínos no Brasil deve chegar a cerca de 5,53 milhões de toneladas neste ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Para que o Brasil se mantenha entre os maiores produtores e exportadores de carne suína no mundo, deverá seguir à tendência de produção sustentável e não utilização de antibióticos.
O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem investido em pesquisas para produção de suínos mais sustentável, contribuindo principalmente para melhoria na nutrição de leitões na fase de creche.
![Suino1 2 1 2](https://agronewsbr.com.br/wp-content/uploads/2022/03/suino1-2-1-2.jpg)
Segundo o pesquisador Fábio Enrique Lemos Budiño, o projeto “Resposta fisiológica de leitões desmamados suplementados com bacteriocina nisina e ácidos graxos de cadeia média”, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), “avalia o efeito da adição da bacteriocina nisina e de ácidos graxos de cadeia média (AGCM) em dietas iniciais sobre o desempenho, incidência de diarreia, parâmetros sanguíneos, microbioma, histologia intestinal e mediadores inflamatórios”.
“O desmame é uma fase de grande estresse para os leitões, além da separação da mãe, ocorre a mudança de ambiente, a passagem da alimentação líquida para sólida, e o convívio com outros animais devido a mistura de leitegadas. O uso de aditivos na dieta destes animais estimula o consumo, melhora a digestibilidade e reduz o nível de transtornos alimentares no pós-desmame, melhorando o desempenho dos animais”.
Fábio Enrique Lemos Budiño – Pesquisador
Com a utilização destes aditivos, é possível evitar a resistência bacteriana e com isso atingir mercados em que o uso de antimicrobianos é proibido, aumentando a exportação de carne e garantindo que o Brasil se mantenha entre os maiores produtores e exportadores de carne suína no mundo.
A nisina é um peptídeo que é produzido por bactérias comuns encontradas no leite, sendo considerada um antibiótico natural contra bactérias Gran-positivas. Ela inibe a multiplicação de bactérias patogênicas influenciando de forma positiva sobre a modulação na microbiota intestinal. Já os acidificantes apresentam atividade antimicrobiana, melhoram a digestão de proteínas, e influenciam positivamente as vilosidades intestinais. Clique aqui e veja mais dicas de especialistas.
Por Alexandra Cordeiro
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