A avicultura iniciou o ano com movimentos distintos nos preços da carne de frango, refletindo diferentes dinâmicas entre as regiões do país. Enquanto algumas praças enfrentam pressão negativa devido à menor demanda, outras encontram suporte na oferta ajustada, resultando em valorizações expressivas.
Mercado Financeiro
Com o fim das festividades de final de ano e o retorno à rotina financeira mais apertada, muitos consumidores brasileiros reduziram o consumo de proteína animal, afetando diretamente os preços da carne de frango. Esse cenário tem levado indústrias a reavaliar suas estratégias de precificação, buscando ajustar os valores para evitar estoques elevados.
Em algumas regiões, a demanda retraída fez com que frigoríficos e distribuidores revissem os preços para baixo, visando estimular as vendas e equilibrar o mercado do frango. A postura conservadora dos consumidores, impactada pelo menor poder de compra, reforça essa tendência de baixa nas praças mais afetadas.
Por outro lado, mercados onde a oferta de frango está mais ajustada têm registrado um comportamento oposto. A redução na produção e o controle dos abates em determinadas praças limitaram a disponibilidade do produto, garantindo assim valorizações nos preços.
Esse desequilíbrio entre oferta e demanda mostra um mercado fragmentado, onde cada região responde de maneira diferente aos fatores econômicos e de produção. Pesquisadores do Cepea destacam que essa oscilação reforça a importância de monitoramento contínuo das dinâmicas de mercado para que os agentes do setor possam tomar decisões mais assertivas.
Cortes de frango sentem impacto
Os diferentes cortes de frango também sofreram influência desse cenário. Com vendas mais lentas, algumas indústrias optaram por reduzir os preços de produtos específicos, evitando acúmulo de estoques e mantendo a competitividade frente a outras proteínas no mercado.
O panorama de janeiro mostra que o setor avícola segue sensível às oscilações de demanda e oferta. O comportamento dos preços nas próximas semanas dependerá da recuperação do consumo e da capacidade da cadeia produtiva em ajustar a produção para manter o equilíbrio do mercado.
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