Jovem peruano cria tecnologia revolucionária de energia a partir de plantas

O jovem cientista peruano, Hernán Asto Cabezas, movido pela realidade de sua comunidade em Ayacucho, onde muitos dependiam de velas para iluminação, desenvolveu uma tecnologia inovadora que gera energia elétrica a partir da fotossíntese das plantas. Batizada de “Alinti”, a startup fundada por ele e um grupo de profissionais, utiliza um dispositivo que captura os elétrons liberados pelas plantas durante a fotossíntese e os converte em energia limpa, armazenada em uma bateria.

O processo é simples: as plantas liberam nutrientes no solo, os microrganismos consomem esses nutrientes e liberam elétrons. Nós capturamos esses elétrons com um dispositivo instalado sob as raízes e os transformamos em eletricidade”, explica Asto.

Aperte o play no vídeoabaixo para ver esse sistema funcionando!

Energia a partir de plantas

A ideia surgiu da observação de Asto sobre como as plantas, assim como o corpo humano, geram energia a partir de seus processos naturais. As plantas, através da fotossíntese, absorvem energia solar e a convertem em ATP (adenosina trifosfato), a moeda energética dos organismos vivos. A tecnologia Al Inti aproveita essa energia biológica natural, complementando-a com um pequeno sistema fotovoltaico e placas eletrônicas para capturar e amplificar a corrente gerada.

Para comprovar a eficácia de sua invenção, Hernán levou o Al Inti para uma área de Lima, onde os moradores puderam utilizar a energia gerada pelas plantas em vasos para acender lâmpadas. O sucesso da iniciativa rendeu à startup reconhecimento internacional, com premiações em concursos de empreendedorismo tecnológico com impacto social.

A tecnologia Ainti busca atender três objetivos principais:

  • Levar energia elétrica para áreas de difícil acesso, onde a vegetação é abundante.
  • Fornecer eletricidade ao mundo inteiro, aproveitando o potencial energético das plantas em larga escala.
  • Transformar as plantas em agentes de purificação do ar, absorvendo substâncias tóxicas como benzeno, amônia, formaldeído e CO2.

O projeto, além de ser uma solução inovadora para a geração de energia limpa, também se destaca por seu caráter eco-amigável, contribuindo para um futuro mais sustentável. O apoio do programa ProInnóvate, do Ministério da Produção do Peru, foi fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento da tecnologia Al Inti. O programa fornece recursos financeiros para empresas com alto grau de inovação, permitindo a validação e aperfeiçoamento de protótipos, impulsionando a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico no país.

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