Nos últimos dias, o mercado do boi tem enfrentado resistências para sustentar um movimento expressivo de alta nos preços da arroba. Esse comportamento está diretamente ligado à elevação na oferta de fêmeas para o abate, uma estratégia adotada pelos pecuaristas diante da valorização do segmento.
Oferta de fêmeas gera impacto nos preços
A crescente disponibilidade de fêmeas tem sido um fator preponderante na moderação das cotações. Isso ocorre porque as vacas e novilhas apresentam um ganho de peso mais rápido em relação aos machos, sobretudo em períodos de recuperação das pastagens. Com a oferta reforçada, os frigoríficos conseguem preencher suas escalas de abate com mais facilidade, reduzindo a pressão sobre a demanda pela arroba do boi gordo.
Apesar desse cenário, a demanda do varejo tem mostrado um desempenho acima das expectativas, trazendo um alento aos operadores do setor. No entanto, o movimento ainda não tem se refletido no atacado, onde as vendas de carne seguem em ritmo mais lento. Essa tendência é comum na segunda quinzena de janeiro, um período historicamente marcado por menor volume de negócios.
Com o desafio de equilibrar a demanda interna e as exportações, os frigoríficos mantêm uma postura ativa na aquisição de animais. Esse comportamento reforça a importância da gestão estratégica dos rebanhos, especialmente em um momento de oscilações no mercado. A evolução dos preços seguirá atrelada à dinâmica entre oferta e demanda, exigindo atenção redobrada dos agentes.
Com isso, o mercado do boi gordo segue em um cenário de ajustes, no qual a presença expressiva de fêmeas no abate limita a valorização da arroba. Para os próximos meses, a atenção se volta às condições climáticas e às estratégias de comercialização adotadas pelos pecuaristas, fatores que serão determinantes para o comportamento do mercado. Clique aqui e acompanhe diariamente o mercado financeiro.
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