Museu do Amanhã discute alimentação do futuro, comida para 10 bilhões

Questionando o público brasileiro sobre como alimentaremos a população do futuro, a exposição Prato do Mundo, no Museu do Amanhã, abriu suas portas na última sexta-feira (12) no Rio de Janeiro (RJ) abordando o tema por meio de arte e interatividade.

Em parceria com Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e com colaboração da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a exposição leva visitantes a refletir sobre formas de alimentar uma população crescente com qualidade nutricional, diversidade de produção e sustentabilidade.

Essa exposição nos convida a pensar diferente, nos convida a criar um cenário mais sustentável (…). Temos tecnologia e conhecimento para alimentar o mundo de maneira responsável com os recursos naturais e com a nutrição da população“, afirmou o representante do FAO no Brasil, Rafael Zavala.

Rafael Zavala, representante do FAO no Brasil

Segundo Zavala, os questionamentos levantados pela mostra são temas centrais do trabalho da FAO. “Entendemos que a alimentação e a agricultura são o principal vínculo entre as pessoas e os recursos naturais”.

É urgente repensar a relação entre a cultura humana e a natureza, entre os produtores de alimentos e os consumidores e, por fim, entre os consumidores e a comida. Esta relação deve estar presente nos pratos do mundo”, disse ele durante discurso na abertura da exposição.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, participou do evento por meio de mensagem de vídeo. Ele lembrou que, se atualmente já somos quase 8 bilhões de pessoas no mundo, até 2050 seremos quase 10 bilhões. “Se a nova demanda por alimentos seguir o padrão atual, a pressão crescente sobre os recursos agrícolas já escassos será ainda maior. Não há mais espaço para se produzir alimentos que não seja de maneira sustentável”, alertou.

José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO

A exposição fica na sala de exposições temporárias do museu e aborda temas de alimentação, mas também tece relações com todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Assuntos como agricultura e mudanças climáticas, plantio em condições extremas, fazendas verticais, fontes alternativas de proteínas e igualdade de gênero no meio rural, entre outros, estão presentes de forma interativa e informativa nas salas da exposição.

A ideia é unir arte e responsabilidade social, cultura e ciência, contemplação e interação”, disse a secretária municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Mariana Ribas.

Mais do que uma necessidade de sobrevivência, alimentar-se é um ato social. A exposição vai mostrar muito do que já vem sendo feito e propor uma série de soluções: o cultivo em locais até então tidos como inexplorados, como desertos e áreas geladas”, disse o diretor–executivo o Museu do Amanhã, Henrique Oliveira.

Fonte: ONU

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