Queda nos preços de importação impacta o mercado do arroz no Brasil, veja mais informações a seguir
O mercado brasileiro do arroz enfrenta um momento de significativa pressão sobre os preços, impulsionado pelo aumento das importações e pela retração da liquidez nas negociações internas. Em fevereiro, o volume de arroz importado pelo Brasil atingiu 141,27 mil toneladas em equivalente casca, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse é o maior volume registrado nos últimos oito meses e representa um crescimento de 28,47% em relação a janeiro de 2025 e um aumento de 4,47% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Paralelamente ao aumento das importações, o preço médio do arroz importado caiu para US$ 326,04 por tonelada em fevereiro, o menor patamar registrado nos últimos dois anos. Esse fator tem exercido uma influência direta sobre o mercado interno, contribuindo para a desvalorização do produto nacional. A chegada do arroz estrangeiro a preços mais baixos, aliada ao avanço da colheita na região Sul do Brasil, tem sido determinante para a atual tendência de queda nas cotações.
Liquidez reduzida
Apesar do avanço na safra, as negociações no mercado interno seguem com baixa liquidez. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os produtores mantêm o foco nas atividades de colheita e adotam uma postura mais cautelosa, aguardando uma possível valorização do dólar que possa estimular a demanda internacional e melhorar os preços internos. Já as unidades de beneficiamento têm realizado apenas compras pontuais, apostando que os preços continuarão em queda à medida que a colheita avança ao longo do mês.
A dinâmica atual do mercado do arroz indica um cenário desafiador para os produtores brasileiros, que precisam lidar com a concorrência do arroz importado e a flutuação cambial. A demanda internacional pode se tornar um fator decisivo para a recuperação dos preços internos, mas, no curto prazo, a tendência é de continuidade da pressão sobre as cotações. A evolução da colheita e os próximos movimentos do dólar serão determinantes para o equilíbrio entre oferta e demanda nos próximos meses. Clique aqui e acompanhe diariamente o mercado financeiro.

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