Novas regras para a produção do Bacon: Setor Agro ainda se adapta

O setor agropecuário está sempre em constante evolução e mudanças. Recentemente, o Ministério da Agricultura anunciou novas regras para a produção de bacon, que visam garantir a qualidade do produto e a segurança alimentar dos consumidores. A partir de 1º de março, será considerado bacon somente o produto que for feito da barriga do suíno, e não de outras partes como era antes.

Qualidade do Bacon

A qualidade do bacon é um assunto importante para o Ministério da Agricultura, uma vez que ele é um produto amplamente consumido pelos brasileiros. As novas regras visam garantir que o bacon produzido no país atenda aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado nacional e internacional.

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta quinta-feira (9), a Portaria nº 748 que aprova a revisão do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) do bacon para estabelecimentos e indústrias que sejam registrados junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) e ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). A norma passa a valer a partir de 1º de março e revoga o Anexo II, da Instrução Normativa nº 21/ 2000.

Os produtos fabricados a partir de cortes íntegros de lombo, pernil ou paleta de suínos, processados de forma semelhante ao bacon, terão a denominação de venda que inclua a indicação do corte anatômico de origem. Por exemplo: “denominação do corte” de bacon. A inclusão de outros dizeres ou alusões ao bacon na rotulagem do produto é proibida.

A atualização dos ingredientes opcionais também foi anunciada. Agora, a elaboração do produto pode incluir carboidratos mono e dissacarídeos, maltodextrina, condimentos e especiarias, água, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, de acordo com a legislação específica do regulador da saúde e autorizado pelo Ministério da Agricultura, e incluindo sais hipossódicos. A normativa antiga apenas permitia a adição de proteínas de origem animal ou vegetal, açúcares, maltodextrina, condimentos, aromas e especiarias.

A revisão do RTIQ do bacon tem como objetivo atualizar os processos produtivos, facilitar o processo de registro e harmonizar a fiscalização da qualidade do produto, garantindo mais segurança aos usuários, sejam eles do setor público ou privado. De acordo com a Diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana, a nova normativa atende à demanda por transparência e controle da sociedade civil.

Novas regras para produção

As novas regras incluem medidas para aprimorar a qualidade do produto, tais como:

  • Controle rigoroso da origem dos insumos utilizados na produção do bacon.
  • Melhoria na qualidade do processo de produção, incluindo a higiene e a boa prática de fabricação.
  • Implementação de processos de segurança alimentar para garantir a saúde dos consumidores.
  • Padronização dos processos de produção para garantir a qualidade consistente do produto.
  • Estas medidas são importantes para garantir que o bacon produzido no Brasil seja de alta qualidade e atenda às expectativas dos consumidores.

Benefícios para o setor Agropecuário

Além de garantir a qualidade do produto, as novas regras também trazem benefícios para o setor agropecuário. A implementação de processos mais rigorosos de produção e segurança alimentar ajudará a aumentar a confiança dos consumidores no produto, o que, por sua vez, pode aumentar as vendas e a demanda pelo bacon produzido no Brasil.

Além disso, as novas regras também podem ajudar a melhorar a imagem do país no mercado internacional, já que os padrões de qualidade exigidos são os mesmos exigidos em outros países. Isso pode abrir novas oportunidades de exportação para o setor agropecuário brasileiro.

Com a implementação destas regras, espera-se que a qualidade do bacon produzido no Brasil aumente ainda mais, o que pode levar a uma maior procura pelo produto tanto no mercado nacional quanto internacional. É importante lembrar que a qualidade do produto é uma preocupação constante do Ministério da Agricultura, e que estas novas regras são apenas um passo em uma jornada contínua em busca da excelência no setor da suinocultura brasileira.

Por Vicente Delgado – AGRONEWS®

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