No mercado dos ovos, preços atingem recorde, mas vendas esfriam com alta ao consumidor, veja mais informações a seguir
Os preços dos ovos no mercado interno seguem batendo recordes. Após alcançarem valores diários históricos, agora as médias mensais também registram os maiores patamares nominais. Quando ajustados pela inflação (IGP-DI de janeiro), os preços apurados até dia 26 de fevereiro revelam recordes reais em Mirandópolis/Guararapes (SP) e na Grande Belo Horizonte (MG), conforme dados do Cepea, que acompanha o setor desde 2013 nessas regiões.
Apesar do cenário positivo para os produtores em termos de valorização, o consumo começa a sentir os impactos da alta expressiva. Comerciantes relatam uma desaceleração nas vendas para o varejo, reflexo direto do repasse dos preços ao consumidor final. Com o fim do mês se aproximando, o poder de compra da população reduz, o que contribui para a queda no volume de negociações, ainda que os estoques de ovos permaneçam baixos.
Clima extremo preocupa setor
Outro fator que acende um alerta para o setor é a previsão de uma nova onda de calor nos próximos dias. Temperaturas elevadas impactam diretamente o bem-estar das aves, comprometendo a produção e afetando a qualidade dos ovos. Um dos reflexos mais preocupantes desse fenômeno é a fragilidade da casca, além do aumento da mortalidade das galinhas em algumas regiões produtoras.
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Embora os preços possam sofrer ajustes momentâneos em determinadas praças, o mercado dos ovos segue atento à dinâmica entre oferta e demanda. Caso os impactos climáticos se intensifiquem e a produção seja ainda mais afetada, é possível que os valores se mantenham elevados, apesar da atual retração no consumo. O desafio para o setor será equilibrar preços competitivos sem comprometer a rentabilidade diante dos custos de produção e dos desafios impostos pelo clima. Clique aqui e acompanhe o mercado financeiro.
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