FPA conduziu a articulação que reverteu suspensão do Plano Safra, garantindo o reestabelecimento de recursos essenciais para o setor produtivo.
A decisão inicial do Tesouro Nacional de suspender os recursos do Plano Safra pegou de surpresa parlamentares e produtores rurais. Em menos de 24 horas, o governo federal, reconhecendo o equívoco, anunciou a edição de uma medida provisória para recompor R$ 4,178 bilhões ao programa.
Reação imediata
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) desempenhou um papel crucial na reversão da suspensão das contratações de crédito do Plano Safra 2024/25, após forte pressão da bancada e de diversas entidades representativas do setor produtivo nacional. A rápida resposta e articulação demonstraram a força e a organização do setor agropecuário, garantindo a continuidade do acesso ao crédito rural.
A organização do setor agropecuário foi fundamental para reverter a situação. A reação imediata à suspensão demonstrou que não é necessário um comando central para que o setor se mobilize diante de decisões consideradas equivocadas. A FPA, juntamente com mais de 50 entidades do setor produtivo, manifestou apoio à bancada na condução do diálogo com o governo federal.
“Essa não é uma vitória da FPA. É uma vitória de todo o setor produtivo.”, comemora o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion.
Medida Provisória e Recomposição do Crédito Rural
A Medida Provisória nº 1289/2025, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), garantiu a recomposição do crédito rural com efeito imediato. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, consolidou sua posição de interlocução junto à bancada, informando em primeira mão à FPA sobre a solução encontrada pelo governo.
Segundo justificativa inicial, a suspensão das linhas de crédito rural do Plano Safra 2024/2025 foi motivada pelo aumento da taxa Selic. A medida causou indignação no setor produtivo, que alertou para os impactos negativos na produção e no abastecimento de alimentos.
Na avaliação da FPA, o Plano Safra é essencial para a previsibilidade e a segurança no campo. A falta de comunicação prévia sobre o esgotamento de recursos expôs a inabilidade política do governo federal com o Congresso Nacional. A atuação firme da FPA pressionou o governo a reverter o corte e garantir a continuidade dos recursos, indispensáveis para o setor agropecuário.
“O modelo atual precisa ser revisto. O Plano Safra deve ser planejado no início do ano, permitindo que seja negociado junto com o orçamento da União. Isso daria mais estabilidade ao setor e evitaria cortes inesperados”, defende o deputado Pedro Lupion.
A reversão da suspensão do Plano Safra representa uma importante vitória para o setor produtivo.
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