Preço da soja segue em queda, confira!

No mercado da soja, pressão no mercado leva preços ao declínio, veja mais informações a seguir.

Os preços da soja no mercado interno continuam em rota de desvalorização, atingindo os menores níveis reais desde março do ano passado. A recente baixa reflete uma conjunção de fatores que incluem o avanço da colheita da safra 2024/25, a redução das tarifas de exportação do complexo soja na Argentina e a desvalorização cambial do real frente ao dólar.

O rápido progresso da colheita no Brasil tem aumentado a oferta do grão no mercado, pressionando as cotações para baixo. Com a entrada massiva da produção, os compradores adotam uma postura mais cautelosa, aguardando melhores condições para negociações futuras. Paralelamente, a Argentina anunciou redução das “retenciones” (taxas de exportação) sobre produtos do complexo soja, tornando-se um concorrente ainda mais agressivo no mercado internacional. Esse movimento gera maior oferta global e intensifica a pressão sobre os preços no mercado interno.

Câmbio e fatores externos influenciam a demanda

A desvalorização do real frente ao dólar também tem impacto direto sobre as transações comerciais. Embora um real mais fraco torne a soja mais competitiva no exterior, a volatilidade cambial acaba afastando compradores que buscam maior previsibilidade nos custos de aquisição. Ademais, a demanda pela oleaginosa brasileira tende a seguir desaquecida nos próximos dias devido ao feriado do Ano Novo Chinês, iniciado em 29 de janeiro, reduzindo o ritmo das negociações com um dos principais importadores do produto.

Os reflexos dessa conjuntura já são evidentes nas métricas do mercado. Segundo dados do Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, o preço da saca de 60 kg de soja acumulou uma desvalorização expressiva de 6,2% entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025 (até o dia 30), alcançando uma média de R$ 129,82/sc. Esse é o menor valor registrado desde março de 2024, em termos reais, conforme ajustado pelo IGP-DI de dezembro de 2024.

Diante desse cenário, analistas alertam para um período de volatilidade nas cotações, com oscilações impulsionadas tanto pelos avanços da colheita quanto pelo comportamento do mercado internacional. A evolução da demanda chinesa após o feriado e os desdobramentos das políticas econômicas na Argentina serão fatores decisivos para definir o ritmo das exportações e a recuperação dos preços da oleaginosa brasileira nos próximos meses.

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