Previsão do tempo: confira o prognóstico agroclimático para o próximo trimestre de 2025

Veja a seguir o prognóstico agroclimático para o período de fevereiro, março e abril de 2025

Região Norte

A previsão climática gerada pelo método objetivo (multimodelo, em cooperação entre INPE, INMET e FUNCEME) indica o predomínio de chuvas entre a média e acima da climatologia na maior parte da região durante o próximo trimestre (Figura 4a). Por outro lado, em Tocantins, Rondônia e sudeste do Pará, as precipitações poderão ficar levemente abaixo da média histórica.

A temperatura média do ar deverá permanecer acima da média histórica em grande parte da região (Figura 4b), com valores mais altos previstos para Tocantins, em comparação às demais áreas. Além disso, no norte do Pará a tendência é uma redução da temperatura devido ao aumento das chuvas nessa área, enquanto em Roraima e Amapá, a tendência é de temperaturas na faixa normal.

Com a previsão de chuvas abaixo da média para o Estado de Roraima, o armazenamento hídrico continuará baixo ao longo dos meses de fevereiro e março (Figuras 5a e 5b), contudo, em abril há um ligeiro aumento no sul do estado. Uma redução no armazenamento de água no solo também pode ocorrer no noroeste do Pará ao longo do trimestre. Por outro lado, nas demais áreas, espera-se que os níveis de umidade do solo permaneçam elevados, devido a persistência das chuvas.

Região Nordeste

A previsão indica chuvas acima da média histórica no centro norte do Maranhão, norte do Piauí, do Ceará e do Rio Grande do Norte, enquanto nas demais áreas estão previstas chuvas abaixo da média climatológica (Figura 4a), com menores volumes de chuva previstos para Pernambuco, oeste de Alagoas, de Sergipe e norte da Bahia.

Quanto à temperatura do ar, espera-se que os valores permaneçam acima da média histórica (Figura 4b), com previsão de maiores temperaturas sobre o oeste de Pernambuco, centro sul do Piauí, sul do Ceará e centro norte da Bahia, mantendo condições de calor intenso.

Figura 4 – Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do multi-modelo INPE/INMET/FUNCEME para o trimestre FMA/2025

A previsão aponta baixos níveis de umidade do solo (Figuras 5a, 5b e 5c) em grande parte da Bahia, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, oeste de Pernambuco e do Piauí. Em áreas específicas, como o oeste da Paraíba, sul e norte do Ceará e noroeste de Pernambuco, prevê-se um leve incremento na umidade do solo nos próximos meses.

A faixa leste do litoral nordeste terá um aumento da umidade do solo a partir de abril, com o estabelecimento da estação chuvosa nessa área. Por outro lado, o Maranhão, oeste do Piauí e da Bahia, os níveis de umidade do solo estarão elevados em todo o trimestre.

Região Centro-Oeste

Para o Centro-Oeste, a previsão climática para o próximo trimestre indica chuvas próximas e abaixo da climatologia no Mato Grosso, enquanto nas demais áreas da região, a previsão é de acumulados de chuva abaixo da média histórica. Em relação as temperaturas, elas deverão permanecer acima da média climatológica em toda a região nos próximos meses (Figura 4b).

As chuvas na região central, típicas da estação de verão, mantém os níveis de armazenamento de água no solo elevados durante os meses de fevereiro e março, principalmente em Goiás e Mato Grosso (Figuras 5a e 5b), com diminuição em algumas áreas a partir de abril (Figuras 5c). No Mato Grosso do Sul, também é prevista redução dos níveis de umidade no solo, principalmente em abril, que corresponde a um mês de transição entre o período chuvoso e seco da Região Centro Oeste.

Região Sudeste

A previsão para o trimestre indica predominância de chuvas abaixo da média em toda a Região (Figura 4a), com menores valores previstos para o norte de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já as temperaturas tendem a permanecer acima da média histórica (Figura 4b) em toda a região. Clique aqui e acompanhe a previsão do tempo diariamente.

Figura 5 – Previsão de armazenamento de água no solo (%) para os meses de (a) fevereiro, (b) março e (c) abril, de 2025 no Brasil, considerando capacidade de água disponível (CAD) de 100 mm. Fonte: INMET

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