As exportações brasileiras de soja enfrentaram uma retração acentuada em novembro, segundo dados recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume embarcado no mês somou apenas 2,55 milhões de toneladas, queda de 50,87% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, os embarques alcançaram 96,81 milhões de toneladas, uma redução de 1,26% em relação ao ano anterior.
Este cenário evidencia um momento de pressão no setor, impactado por diversos fatores que incluem menor oferta de grãos, mudanças climáticas e atrasos no plantio da safra 2024/25. Esses elementos, somados, desenham um panorama desafiador para os próximos meses, especialmente para estados produtores como Mato Grosso, que já sofre com restrições ainda mais severas.
Exportações da soja em novembro teve queda
Em novembro, Mato Grosso – tradicional líder em exportações de soja no Brasil – foi exportado apenas 95,25 mil toneladas, o estado registrou uma retração expressiva de 82,00% em relação ao ano de 2023. A participação mato-grossense nas exportações nacionais foi de apenas 3,73%, a menor já registrada para novembro na série histórica do IMEA.
No acumulado de janeiro a novembro, o estado embarcou 24,64 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 11,79% frente ao mesmo período do ano passado. Este desempenho reflete diretamente a menor oferta de soja disponível na região, um problema agravado pela irregularidade climática que comprometeu tanto a safra anterior quanto o planejamento da atual.
Essa combinação de fatores traz preocupações não apenas para o mercado interno, mas também para a competitividade no cenário internacional. Como maior exportador mundial da soja, a queda no volume exportado pode abrir espaço para concorrentes como Estados Unidos (EUA) e Argentina ganharem mercado em destinos chave, como China e Europa.
Mercado Financeiro
- Bolsa de Chicago: o preço da soja em Chicago registrou um aumento de 0,28% em relação à semana anterior, impulsionado pela demanda aquecida pela oleaginosa americana;
- Valorização: a moeda norte-americana apresentou alta semanal de 2,50%, fechando com uma média de R$ 6,04/US$;
- Aumento: a paridade de exportação contrato mar/25 registrou uma elevação de 0,26% em relação à semana passada, impulsionada pela alta do dólar.
A retração das exportações da soja acende um sinal de alerta no agro brasileiro. A dependência de fatores climáticos, somada aos desafios logísticos e de planejamento, expõe vulnerabilidades. O setor, essencial para a economia nacional, terá que redobrar esforços para mitigar perdas e garantir que o Brasil continue como protagonista no comércio global de grãos. Clique aqui e veja mais notícias do agro.
AGRONEWS é informação para quem produz