Vazio sanitário para proteger safra de soja dura 3 meses

Ao andar nesta época do ano pela região de Itapetininga, no sudoeste de São Paulo, dá para encontrar plantações de milho, trigo e aveia em diferentes estágios de desenvolvimento. O que não se vê é lavoura de soja.

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O cultivo do principal grão do nosso agronegócio precisa respeitar o vazio sanitário. O consultor agronômico João Celso Collaço Júnior explica que a cultura da soja sofre com a ocorrência da ferrugem asiática, uma doença responsável por redução significativa da produtividade.

O vazio sanitário é adotado para evitar a propagação do fungo causador da doença. Em São Paulo, a medida entrou em vigor em 15 de junho e vai até 15 de setembro. Na fazenda de José Paifer, toda a área que vai receber soja é ocupada atualmente por trigo e aveia.

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As duas culturas são importantes na programação da propriedade. O trigo ajuda com nutrientes e prepara o solo para o próximo plantio de soja, além de gerar lucro. Já a aveia vai servir para formar a palhada, ajudando a manter a temperatura e a umidade do solo, incluindo o controle de plantas daninhas.

Paifer diz que, durante o vazio sanitário, faz uma dessecação para que não fique nenhuma planta de soja. A ideia é evitar que alguma planta permaneça no local e sirva para propagar a ferrugem.

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Nossa equipe visitou também outra propriedade em Itapetininga, onde a soja deve ser plantada em 1,4 mil hectares em setembro. Por enquanto, estão sendo cultivados trigo, milho e aveia na área.

O técnico agrícola Alberto Zils conta que todo o esforço é voltado para a safra mais importante: a da soja. Isso inclui cuidados com o solo e com o maquinário.

Se tudo correr bem, a expectativa é colher 80 sacas de soja por hectare. Cerca de 50% do que vai ser plantado já foram comercializados, o que significa 20% a mais que na safra anterior.

Por G1 de Sorocaba e Jundiaí

AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz

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